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Radio Mix Gospel



quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quem são os jovens de hoje?


A palavra “juventude”, geralmente, remete a descobertas, beleza, alegria, vivacidade, entre outros aspectos positivos. Jovens se organizam em grupos, sua linguagem é única e a busca pela novidade é constante. Se por um lado possuem tantas características boas, por outro vivem uma realidade preocupante. É nesta faixa etária – dos 15 aos 29 anos – que se encontra parte da população brasileira atingida pelos piores índices de desemprego, evasão escolar, falta de formação profissional, mortes por homicídio, envolvimento com drogas e criminalidade. Segundo dados do Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 47,8 milhões de habitantes entre 15 e 29 anos, dos quais 34 milhões têm entre 15 e 24 anos. Os estudos apontam que pelo menos cinco milhões de jovens estão dentro das igrejas, o que forma um contigente populacional considerável. E é justamente este grupo que vem representando um desafio à igreja evangélica.

A evangelização, o fortalecimento da fé e o amadurecimento da vida cristã entre os jovens preocupa boa parte da liderança. Ela não os vê comprometidos com o Evangelho integral e não os considera uma geração bíblica, reconhecendo que muitos são resultado da Teologia da Prosperidade e da chamada geração gospel. Pastores como Malaquias Azevedo, da da Igreja Cristo Reina, em São Gonçalo, região metropolitna do Rio de Janeiro, é fatalista ao dizer que a atual juventude “é quase uma geração perdida”.

Os jovens, por sua vez, acusam a igreja de ser desconectada da realidade, obsoleta, permanecendo como uma “religião velha num mundo novo”. Afirmam que os cultos são desinteressantes, demorados e desatualizados. Reclamam ainda da hipocrisia, das proibições dogmáticas, das cobranças e do autoritarismo.

Em um ponto, os dois lados concordam: é necessário repensar a evangelização e o discipulado de tal forma que a igreja possa oferecer conteúdo teológico mais comprometido com as Escrituras. Como reflexo da pós-modernidade, crescem a oferta e a procura por uma espiritualidade light, mais parecida com terapias psicológicas e harmoniosas. Jovens modernos estão à procura de sentido e emoção que estão além dos limites tradicionais que a religião é capaz de oferecer. A globalização, segundo estudiosos, força a religião a ficar mais difusa, eclética, buscando responder aos que estão preocupados com saúde, desequilíbrio psíquico, ameaça à biosfera, etc. E o atual panorama sociocultural, imerso no capitalismo, estimula os jovens ao prazer egocêntrico, levando-os mais e mais ao individualismo exagerado e cruel.

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